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PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO PREDITIVA


      Já falamos nesse outro post sobre os tipos de manutenção existentes. De acordo com a NBR 5462-1994, a manutenção preditiva é definida como “manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva”. Em outras palavras, a manutenção preditiva engloba práticas que objetivam acompanhar as condições da máquina ou componente para tentar predizer sintomas de falha e assim possibilitar que a intervenção seja realizada no tempo correto. A manutenção preditiva custa 3x menos que a manutenção preventiva e tende a apresentar melhores resultados em um menor intervalo de tempo.


      Dentre os objetivos das práticas preditivas, podemos mencionar o aumento da disponibilidade e do grau de confiabilidade dos equipamentos; a eliminação de desmontagens para inspeção; o aproveitamento da totalidade da vida útil dos equipamentos, etc.

      Existem quatro principais técnicas de manutenção preditiva, sendo elas:

Análise de vibração:

      A vibração mecânica é uma oscilação em torno de uma posição de referência. O movimento vibratório de uma máquina é o resultado das forças dinâmicas que a excitam, e cada tipo de máquina possui uma “Assinatura Espectral Original”.  Na medida que os componentes dessas máquinas começam a falhar, a frequência e amplitude de vibração começam a mudar. O monitoramento das taxas de variação da vibração dos componentes permite que tais falhas sejam identificadas em seu estágio inicial.
Dentre os defeitos possíveis de serem detectados pela análise de vibração, vale citar desbalanceamento de massa, desalinhamento de eixos, desgaste de rolamentos e engrenagens, problemas de lubrificação, folgas, entre outros.


Termografia:

      A termografia é a técnica de ensaio não destrutivo que permite o sensoriamento remoto de pontos ou superfícies aquecidas por meio da radiação infravermelha. Permite identificar, monitorar e registrar alteração nos níveis de temperatura dos componentes e gerar uma imagem térmica ou termograma. A análise desse termograma é feita por um profissional especializado na técnicas, que será capaz de identificar a possível anomalia com base nas alterações de temperatura dos componentes. 
      Em qualquer programa de manutenção preditiva, a termografia é muito útil, pois permite a realização de medições sem contato físico (garantindo a segurança dos profissionais envolvidos), verificação de equipamentos em funcionamento (não interferindo no processo produtivo), proporciona inspeções de grandes superfícies em pouco tempo.

Análise de óleo:

      A análise do óleo lubrificante de um componente ou equipamento tem por objetivo determinar o momento exato em que a troca do óleo é necessária e identificar sintomas de desgaste. Isso é possível por meio do monitoramento das partículas sólidas presentes no fluido e de suas características físicas e químicas, como o nível de contaminação de água, quantidade de resíduos de carbono, viscosidade do óleo, acidez, ponto de congelamento e ponto de fulgor. Necessita de um aparato laboratorial muito eficiente com instrumentos como viscosímetros, centrífugas, microscópios, etc.

Ultrassom:

      Caracteriza-se por uma técnica de ensaio não destrutivo que tem como objetivo a detecção de defeitos ou descontinuidades internas presentes em variados tipos de materiais, como bolhas de gás em fundidos, dupla laminação em laminados, microtrincas em forjados, escórias em uniões soldadas, dentre outros. O ultrassom pode ser usado também para detectar facilmente vazamentos em sistemas de transporte de ar comprimido, vapor e outros gases até mesmo fuga de corrente elétrica e defeitos mecânicos.

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Referências:

PCM descomplicado - Eng. Jhonata Teles Dutra

10 mitos do PCM - Eng. Jhonata Teles Dutra
Manutenção preditiva: o que é e como ela pode te ajudar - ENGETELES
Planejamento e Controle da Manutenção - Herbert Ricardo Garcia Viana

Por Sofia Chequer
Aluna do primeiro ano de Engenharia Mecânica, buscando contribuir com a transformação e desenvolvimento da indústria brasileira. Apaixonada pela ciência das inovações tecnológicas e pela arte de cozinhar e costurar

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