Já falamos nesse post sobre os tipos de manutenção existentes. De acordo com a norma NBR-5462, a Manutenção Corretiva é "a manutenção efetuada após a ocorrência de uma falha (ou pane), destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida". A falha, no caso, pode ser potencial (modo ou sintoma de falha, que prejudica mas não impede que o equipamento desempenhe sua função) ou funcional (quando o equipamento deixa de desempenhar sua função no processo). A manutenção corretiva é o tipo mais caro de manutenção, custando até 7 vezes mais do que outros tipos de manutenção.
A manutenção corretiva pode ser do tipo planejada, quando a empresa possui mecanismos de detecção de falhas potenciais (como rotas de inspeção, análises preditivas, etc) e tais falhas são descobertas antes que se transformem em falhas funcionais. Nesse caso, é possível planejar a atividade da equipe mantenedora da forma mais conveniente para o cronograma da empresa, de modo a não interferir na rotina da produção.
Quando a manutenção corretiva ocorre após a ocorrência de falhas funcionais, é denominada emergencial (conhecida no chão de fábrica como "apagar incêndios"). A manutenção corretiva emergencial ocasiona o lucro cessante (valor monetário que a empresa deixa de produzir em decorrência da parada do equipamento), pode necessitar de compras em caráter emergencial e exige muito mais tempo da equipe mantenedora.
Apesar de dever ser evitada, existem aplicações estratégicas para a manutenção corretiva. Equipamentos de menor criticidade, ou de criticidade C na matriz ABC de criticidade, podem ser mantidos apenas com ações corretivas. Tais equipamentos são os que quando falham não causam problemas de segurança, meio-ambiente e qualidade, não interrompem o processo de produção, os custos do reparo são baixos e existem equipamentos reservas.
Quando uma atividade de manutenção corretiva ocorre, é de extrema importancia que seja feito o registro da atividade, e investigação e documentação das causas das falhas. Tais dados são importantes para a construção dos indicadores de manutenção e para a elaboração do planejamento e controle de manutenção como um todo,visando diminuir ou zerar a ocorrência de tais falhas.
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Referências:
Planejamento e Controle da Manutenção descomplicado - Eng. Jhonata Teles Dutra
Por Sofia Chequer
Aluna do primeiro ano de Engenharia Mecânica, buscando contribuir com a transformação e desenvolvimento da indústria brasileira. Apaixonada pela ciência das inovações tecnológicas e pela arte de cozinhar e costurar.
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